
Meditar é aprender a estar presente.
Mas não é um tipo qualquer de presença, como nas aulas chatas do colégio, onde mesmo com o
nome na lista, nossa mente estava em qualquer lugar menos ali junto com o professor na lousa. Presença é estar no momento, de corpo, alma e espírito, e ouso dizer, não só presente, satisfeito.
A prática da meditação é o treino dessa postura da consciência, que é natural, mas muito rara hoje em dia. A meditação é praticada em culturas de todo o mundo há milhares de anos. Quase todas as religiões, incluindo budismo, hinduísmo, cristianismo e judaísmo têm uma tradição de usar práticas meditativas. Com o mindfulness (meditação laica) milhares de pessoas a praticam ao redor do mundo há décadas, independentemente de quaisquer crenças ou tradição religiosa.
A meditação também tem sido aplicada como técnica psicoterapêutica, e muitas pesquisas científicas têm comprovado sua eficácia para a melhora na saúde emocional.
Meditação não é para parar de pensar ou relaxar a mente (por mais que isso costume acontecer durante a prática). Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, também não se trata de uma prática com objetivo de transformação. É justamente o contrário: uma prática para treinar a aceitação do presente e gerar uma nova forma de se relacionar com as transformações naturais em nós e no mundo. Na meditação não buscamos mudar as coisas, mas desenvolver uma nova perspectiva saudável para nos relacionar com tudo.
Não há uma tentativa de desligar os pensamentos ou sentimentos. Mas sim, um treinamento para aprender a observá-los sem julgamento. Resumidamente, é fazer as pazes com a realidade.
Meditar é aprender a estar presente realmente.