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Quem inventou a meditação?



A meditação é praticada em diversas culturas por todo o mundo, mas quando e onde ela começou? A verdade é que ninguém sabe ao certo. Existem várias referências em diferentes culturas e religiões - incluindo judaísmo, islamismo e cristianismo - à práticas semelhantes a meditação, que parecem ter contribuído difundir a prática amplamente conhecida hoje.


As mais antigas referências iconográficas da postura da prática foram encontradas na India, em ruínas de extintas civilizações no Vale dos Indus. Arqueólogos também descobriram selos de pedra datados em aproximadamente 5,000 a 3,500 aC.

As imagens mostram pessoas sentadas no que muitos de nós reconheceríamos como posturas de meditação. Porém as mais claras descrições de técnicas de meditação são encontradas nas escrituras indianas que datam cerca de 3.000 anos atrás. Importante lembrar que antes de registradas em texto, foram passadas por centenas de gerações de forma oral.


O budismo, filosofia originalmente oriunda do hinduísmo, possui diversas variações práticas de meditação que remontam ao próprio Buda Sidarta Gautama, 600 aC.


Mas e no Judaísmo e Cristianismo antigo?


Algumas evidências também conectaram as práticas meditativas ao judaísmo, que acredita serem herdadas de suas tradições anteriores. A Torá (os primeiros cinco livros do Tanakh, a Bíblia Hebraica) contém uma descrição do patriarca Isaac indo para ‘lasuach’ em um campo. Este termo é geralmente entendido como uma forma de meditação (Kaplan, 1985).



Em seu livro, The Relaxation Response, Dr. Herbert Benson afirma sobre o cristianismo: “O termo mediação é de difícil compreensão na história da igreja primitiva, porque pode ter uma conotação de exercícios orientais exóticos ou monges cristãos que passam a maior parte das suas horas de vigília em celas de mosteiro contemplando à Deus”.


Existem muitas praticas cristãs que são consideradas formas de meditação. Além da vida monástica cristã, outras conexões no cristianismo incluem a contagem do rosário e a adoração através do louvor. Estudiosos apontam referências à meditação na Bíblia como a declaração no velho testamento que diz,


“Fique quieto e saiba que eu sou Deus”- Salmo 46:10


Muitos interpretam isso como um direcionamento para as pessoas acalmarem suas mentes com a meditação. Em Josué 1:8 do velho testamento, existe uma referencia sobre a meditação:


"Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido." Josué 1:8

Eu poderia continuar com os exemplos, mas o fato é que você não precisa seguir uma tradição religiosa específica para aproveitar os benefícios da meditação. A prática, por si só, pode ser uma ferramenta valiosa na cura e redução do estresse. Se você adere a uma determinada fé ou não, é irrelevante - milhões de pessoas em todo o mundo acreditam que a meditação é a maneira para limpar sua mente. Meditação é uma prática muito antiga, e seus benefícios só estão começando a serem descobertos pela ciência.

Meditação e evolução


Para encerrar (um tema que é interminável), vale também observar que a natureza não medita. Ou seja, o mundo natural não precisa de um esforço para estar no presente ou em contato com a realidade. O homo sapiens é abençoado e amaldiçoado pela mesma capacidade: elaborar sobre o passado e simular futuros. São capacidades que nos permitiram dominar o planeta, porem são também a fonte de todos os nossos sofrimentos.


Meditação não é necessariamente uma evolução, mas com certeza é uma ferramenta de integridade, ou seja, trazer à consciência uma capacidade natural que com a evolução unilateral foi sendo deixado de lado. Estar no presente, satisfeito, é uma capacidade humana, mas mais do que isso, é a realidade da natureza.




Fontes:

Time Magazine

Positivepsychology.com




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